domingo, 27 de novembro de 2011

eu = mim?

Outro dia tive um insight: a única pessoa a quem somos insubstituíveis é nós mesmos.

Todos podem ser substituídos, todos nos substituem, desvencilham-se de nós, desfazem laços, superam dependências, conseguem arrefecer nossa ausência, a muito ou pouco custo. Eu, entretanto, não pode falta a Mim. Talvez o nome disso seja identidade.

Ou não. Acho que vai pr'além de identidade. É algo quase transcendente, talvez, como aquilo de alma, espírito, pneuma, etc. Não no sentido de anima, do que nos enche vivo, dessa "magia", mas algo mais próximo de consciência... é como a percepção que temos de nós e para nós mesmos, nossa capacidade de admitir certas coisas pra nós, de mudá-las, esse fair-play* de way of life. Engraçado como sempre acabo por tratar desse assunto, não? Identidade e alheamento com a própria vida, com a vida alheia, esse vivenciar de fatos externos, etc.

Minha mãe sempre me xingou pelo mal hábito de não deixar as coisas no lugar que as encontrei; talvez seja isso mesmo, como disse meu bravo amigo Pan, talvez nosso lugar seja em nós mesmos, e fugir de si não é uma opção pois não há eu sem mim nem vice-versa.

Quando a gente descobre que viveu fora de si muito tempo, fica difícil de se voltar pra comigo mesmo.

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