sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Análise Pelicográfica #3 - "Noise" (2007)


Título traduzido: "Passando dos Limites"
Direção: Henry Bean
Gênero: Comédia, Drama, Político (?)
Origem: EUA
Diálogo: Inglês
Duração: 1 hora e 32 min
Cor: Colorido
Formato: RMVB

Link: Link que peguei do digníssimo Cinema Cultura. Gente, tenho que colocá-lo no blogrolla ur.ge.te.mente!

Conta a história de um cidadão novaiorquino que, ainda que apaixonado pela sua cidade, pira com a poluição sonora. Claro que vai muito além disso, mas é spoiler O filme é em si uma crônica novaiorquina. Inegável isto. Mas também uma válida crítica à nossa sociedade atual: até onde o desenvolvimentismo afeta nossa vida? Até onde as matas exterminadas passam a nos aflingir? Ou, como mostra o filme, até onde a poluição sonora, visual ou ambiental da cidade nos incomoda? Aparentemente o filme coloca essa questão como algo muito próximo do comodismo - o personagem principal só age pelo problema atingí-lo diretamente: ele o escuta. A partir daí começasse uma discussão de política: o prefeito da capital mundial está mais preocupado em totalitarizar seu poder que permitir a manifestação democrática de outras forças (que poderiam abalar sua reputação ao promover determinado grupo). Ainda temos uma discussão de ética: o quão correto é agir arbitráriamente para um fim ético? E, ainda mais, é verdadeiramente ético o fim do protagonista? Pois, afinal, ele não age por uma máxima, por Kant, nem age moderadamente, por Aristóteles. Bom, talvez aja éticamente pra Nietzsche, mas quem liga pra Nietzsche!? AHAHAHA cuzão!. Mas sim age por uma razão própria: o fato dos donos dos alarmes de carro não suspenderem esse em tempo hábil. Mas volto a questionar, como ele pode simplesmente esperar uma reação automática das pessoas? Tipo, tô aqui escrevendo essa Análise, caiu, sei lá, uma meninda de cinco anos defenestrada do sexto andar do prédio (link no negrito), e eu teria a obrigação de chegar lá instantâneamente para que "O Retificador" não me subjugasse? Ou usando um exemplo mais lógico, digamos que eu estivesse de pirirí gangorra. O final do filme é interessantíssimo. Ao contrário do clichê, que seria o final feliz e etc, nesse filme o protagonista não alcança o que almeija (quer dizer, depende do ponto de vista), mas sim muda seu objetivo (mas com a mesma pretensão) no final: o objeto de desejo passa a ser compartilhado com outro, no caso um juíz (que, tudo bem, podem me chamar de racista, mas adorei o fato de terem colocado-o negro). Isso é outro ponto de debate, o que é mais eficaz, a concretização de uma busca, ou a popularização dessa? É mais interessante que seja sancionado o PLC-122 (link nesse negrito também), ou que as pessoas todas consigam se livrar da homofobia? /spoiler.

Bom, assim como o filme eu só incitarei as questões para sua reflexão, porque se fosse para responder cada uma delas, além de um tópico colossal eu ainda as respoderia mal. Então, assistão, assistão! Reflitão, reflitão! Busquem conhecimento!

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